Fêmea de Culex quinquefasciatus sugando sobre a pele humana. Foto: Sandra Nagaki, SP

sábado, 29 de abril de 2023

Dengue nas Escolas: Como Manter a Escola Livre de Mosquitos de Forma Sustentável

Para manter a saúde e o bem-estar dos alunos e funcionários, é importante garantir um ambiente escolar livre de mosquitos. Além disso, é fundamental tomar medidas de forma ecológica, sem agredir o ambiente. Para isso, preparamos alguns passos para implementar um programa ecológico de controle de mosquitos em sua escola.

1. É importante identificar as áreas onde os mosquitos estão se reproduzindo e se concentrando. Esses locais podem incluir poças d'água, caixas d'água destampadas, vasos de plantas, entre outros.

2. É imprescindível limpar o chão da escola com frequência, adicionando o antigo querosene no processo de limpeza. O querosene é um removedor de sujeira muito potente e seu cheiro é durável e espanta os mosquitos, inibindo o seu apetite e a busca por sangue humano pelas fêmeas. Bem como espanta uma variedade de outros insetos indesejáveis. Caso o cheiro fique forte nos corredores e salas de aula, o produto pode ser aplicado diluído ou ao anoitecer para agir enquanto a escola está vazia e, assim, estar suavizado pela manhã, porém ainda com alto poder de ação.

domingo, 29 de janeiro de 2023

É possível se proteger dos mosquitos com produtos naturais

Crescemos aprendendo que para se proteger dos mosquitos temos que usar produtos químicos, ignorando

os processos alérgicos e contraindicações no uso desses produtos. Na verdade, a ciência evoluiu muito nessa área. Os produtos naturais funcionam, sim! Porém, precisamos saber a maneira correta de usá-los. A revista online ORBI fez uma matéria interessantíssima sobre o assunto e eu contribui na assessoria científica. Leia a matéria na integra AQUI. Vale a pena! 

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Materia sobre a influência da primavera nas plantas e nos animais

A revista Vida de Bicho da Editora Globo publicou uma reportagem sobre a influência da primavera no ciclo de vida dos animais com autoria da jornalista Isadora Moraes e entrevista comigo e outros especialistas na área. O texto ficou bem completo com muitas informações sobre a fisiologia dos mosquitos que transmitem agentes de doenças entre nós, humanos e também nos animaizinhos de estimação. 

Eu citei algumas informações sobre as mudanças no clima e consequentemente na fisiologia das plantas e dos animais. 

Veja a matéria completa AQUI


Agradeço a oportunidade e parabenizo a revista Vida de Bicho e a equipe de produção da matéria.  

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Matéria sobre o comportamento dos mosquitos em períodos de inverno

 A revista Vida de Bicho da Editora Globo publicou uma reportagem super legal sobre os mosquitos em períodos de clima frio com autoria da jornalista Yara Guerra e entrevista comigo, com o Rafael Cedro e a Natalia Ferreira. O texto ficou bem completo com muitas informações sobre a fisiologia dos mosquitos que transmitem agentes de doenças entre nós, humanos e também os animaizinhos de estimação. 

Eu citei algumas informações sobre a proteção de picadas de mosquitos com produtos naturais, relatando o mecanismo de funcionamento desses produtos tanto no mosquito como nas pessoas. 

Veja a matéria completa AQUI

Agradeço a oportunidade e parabenizo a revista Vida de Bicho e a equipe de produção da matéria.  

quinta-feira, 28 de julho de 2022

Qual a função do pernilongo?

A revista online GreenMe publicou um artigo de autoria de Lara Meneguelli bem interessante sobre a importância do pernilongo na natureza. Eu sou citada nesse artigo referente a variação da densidade do pernilongo nas diferentes estações do ano em países tropicais. A publicação me chamou a atenção pela inferência a não matar os insetos e, sim, repeli-los e controlar a sua população mantendo o ambiente limpo. Leia a Matéria AQUI

Essa abordagem vai de encontro com os produtos que venho desenvolvendo para evitar picadas de mosquitos sem matá-los. Você deve estar se perguntando: mas como isso é possível? Sim, isso é perfeitamente possível. Os mosquitos só se alimentam de sangue quando encontram a presa e quando o ambiente está propicio para a ação. Se desestabilizarmos essa CADEIA, o mosquito não se aproximará. 
Nós estamos falando de aromas provindos da natureza e seus efeitos nos receptores dos mosquitos. Portanto, se colocarmos uma mistura de óleos essenciais selecionados pelo seu potencial em espantar os mosquitos, e estes, ao serem misturados tendo seus aromas espalhados no ambiente, com certeza o fluído servirá como uma bomba em inibir o olfato dos mosquitos até baterem em retirada. Isso serve tanto para difusores de ambientes internos como para repelentes tópicos e lamparina de cheiro em áreas externas. 

Assim, apresento aqui o site da LAMPIÃO DE CHEIRO cujos produtos estão no mercado de maneira inovadora à disposição da população exigente com sua saúde e bem estar. A linha repelentes da Lampião é totalmente natural, orgânica e vegana. Pode ser usada por todas as idades, sem toxicidade nenhuma e eficiência comprovada cientificamente.   

segunda-feira, 9 de maio de 2022

MATERIA SOBRE MOSQUITOS EM JUAZEIRO BAHIA

O Portal RedeGN jornal digital no Vale do São Francisco publicou uma matéria sobre a infestação de mosquitos em Juazeiro no interior da Bahia, intitulado "Muriçocas "atacam" juazeirenses. Com o tempo mais quente, os indesejáveis mosquitos voltam a aparecer nos bairros" de autoria de Ney Vital. 

A matéria traz uma citação de minha autoria sobre as implicações do aumento da população de mosquitos em épocas mais quentes e chuvosas do verão. Leia o texto na integra 
AQUI
Agradeço a equipe do Portal RedeGN pela citação, complementando que, além do uso na pele, uma boa alternativa é o repelente aereo com difusão natural LAMPIÃO DE CHEIRO. O Lampião é feito de extratos vegetais e indicado para uso em ambientes internos da casa. 
A difusão é feita de modo contínuo e natural, sem o uso de energia elétrica. Para conhecer melhor essa novidade no mercado você poderá acessar o site AQUI

segunda-feira, 21 de março de 2022

MATERIA SOBRE REPELENTES NO VERÃO

No verão os mosquitos das cidades se proliferam a todo o vapor e saem em busca de alimentos, a fim de aumentar ainda mais a sua população de 'terrorzinhos alados'. Assim, a farmácia PANVEL elaborou um artigo sobre as opções de repelentes para uso na pele, no qual citou uma avaliação minha sobre o nada agradável 'boom' de mosquitos em épocas de clima quente. 

O título do artigo é: Repelentes de insetos: como eles afastam os mosquitos? Você poderá ler o artigo na íntegra acessando AQUI


Agradeço a equipe da farmácia PANVEL pela citação, complementando que, além do uso na pele, uma boa alternativa é o DIFUSOR DE AROMAS COM AÇÃO REPELENTE LAMPIÃO DE CHEIROO Lampião é feito de extratos vegetais e indicado para uso em ambientes internos da casa. A difusão é feita de modo contínuo e natural, sem o uso de energia elétrica. Para conhecer melhor essa novidade no mercado você poderá acessar o site AQUI



sexta-feira, 20 de novembro de 2020

E-book Culex o mosquito da cidade

 Finalmente saiu o livro sobre o pernilongo.

O conteúdo traz uma série de informações científicas, práticas e de controle do mosquito causador de incômodo Culex quinquefasciatus


Abra o E-book na integra aqui: Culex


Boa Leitura!


terça-feira, 13 de outubro de 2020

Melhor texto sobre o pernilongo em São Paulo

 A matéria da UOL "Se o diabo existe, ele patenteou o pernilongo para acabar com o sossego" escrita pela jornalista Lucia Helena, colunista do VivaBem, faz uma analise excelente

sobre a infestação do mosquito Culex quinquefasciatus, o pernilongo, em torno do rio Pinheiros na cidade de São Paulo. 
Eu participei na entrevista. 
Veja a matéria na íntegra AQUI

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Os mosquitos da cidade podem ser combatidos com produtos naturais

Na natureza, as plantas são sincronicamente confrontadas com organismos mutualistas e antagonistas, utilizando-se de sinais químicos para o seu próprio benefício ou defesa. Por isso, os vegetais liberam químicos pertencentes a várias categorias como alcaloides, terpenos, fenólicos, inibidores das proteinases e reguladores de crescimento. Embora a função primária dessas substâncias seja de defesa contra insetos fitófagos, alguns trabalhos têm relatado sobre a sua efetividade contra mosquitos e outros dípteros hematófagos. Uma vez que, além do sangue de animais, tanto machos quanto fêmeas adultas de mosquitos possuem ancestralidade fitófaga, pois ambos se utilizam do néctar e da água das plantas na sua alimentação diária.

guiadejardinagem.com

Os mosquitos detectam os odores quando as moléculas aromáticas dos voláteis se ligam às suas proteínas receptoras. Esses receptores se localizam nos tecidos externos do corpo do mosquito, mais precisamente sobre as antenas e palpos maxilares. Os componentes da produção de voláteis pelas plantas servem como proteção, a fim de deter os herbívoros que as atacam. Assim, é provável que muitos materiais voláteis das plantas sejam repelentes, porque apresentam alta toxicidade de vapor para insetos. É conhecido que fontes naturais contêm larvicidas e adulticidas efetivos como por exemplo as piretrinas extraídas de espécies de crisântemo, azadiractina da Azadirachta indica, os mentolados de espécies de eucaliptos entre outros. 

AS PLANTAS COM BIOATIVOS

sábado, 12 de setembro de 2020

Matéria sobre o pernilongo no verão

 Excelente matéria da CNN Brasil sobre o aumento da população de pernilongos no verão, algumas


curiosidades sobre o mosquito e os cuidados que devemos ter para se proteger das picadas e do uso de repelentes sintéticos e naturais. 

Veja a matéria na integra: aqui. Na qual eu participo como entrevistada. 

quarta-feira, 1 de abril de 2020

Um mosquito é capaz de propagar o coronavírus?

Provavelmente NÃO. Vamos aos fatos:

Os coronavírus (Nidovirales: Coronaviridae) pertencem a um grupo de vírus com genoma de RNA, ou seja, uma vez penetrando no interior de uma célula desencadeia processos de síntese proteica. Este grupo de vírus é conhecido desde meados da década de 60, sendo causa comum de infecções respiratórias de curta duração. Entre os coronavírus encontra-se o vírus causador da forma de pneumonia atípica grave conhecida por SARS, e o vírus causador da Covid-19 (Coronavirus Disease 2019), responsável pela pandemia de Covid-19.

Imagem de viriões de SARS-CoV-2 obtida por microscópio eletrónico de varrimento, em que se observa partículas virais a emergir de uma célula. 
 https://www.flickr.com/photos/niaid/49534865371/
Em seres humanos o SARS-CoV-2 afeta principalmente os pulmões. O vírus entra no corpo pelo nariz, boca ou olhos e infecta células que produzem uma proteína denominada enzima conversora da angiotensina 2 (ACE2). A ACE2 é mais abundante nas células alveolares do tipo II dos pulmões. O vírus liga-se a esta célula fundindo a sua membrana lipídica com a membrana da célula e em seguida começa a liberar o seu RNA. A célula lê o RNA viral e começa a produzir proteínas que inibem o sistema imunitário e ajudam a produzir novas cópias do vírus. Cada célula infectada pode produzir e libertar milhões de cópias do vírus antes de morrer, infectando novas células e causando sintomas respiratórios. À medida que o vírus infecta cada vez mais células alveolares, a doença pode evoluir para insuficiência respiratória grave1.

terça-feira, 19 de março de 2019

Elas gostam de mel


Hoje fui surpreendida por um acontecimento, no mínimo, inusitado. Estava eu sobre o computador com um pires de mel na minha frente. Uma fêmea de Aedes aegypti se aproximou, fez uns voos ao meu redor e tomou a direção do pires com mel. Ficou ali um tempo na borda do pires, se aproximou, e ficou por uns 5 minutos se alimentando do doce liquido....

 Além de registrar a cena, sigo com algumas observações: a fêmea está com o abdômen vazio. Com fome, ela preferiu o doce do mel ao meu sangue. Os compostos presentes no mel, assim como no néctar das plantas, comumente visitadas tanto por machos como por fêmeas, servem para suprir as necessidades de energia. Já o sangue contém proteínas para a fecundação nas fêmeas e o crescimento dos ovos.


Após se alimentar do mel, a fêmea do Aedes veio vorazmente em minha direção ... mas teve a sua vida abreviada.


sábado, 5 de janeiro de 2019

Livro sobre Mosquitos

Recomendo o livro "O Fantástico Mundo dos Mosquitos", escrito por biólogos pós-graduados do Instituto Butantan em São Paulo. O texto, com belas imagens versa sobre os mosquitos da família Culicidae de importância em Saúde Pública.

Aqui o link do E-book.

Parabéns aos colegas  :-)

quarta-feira, 15 de março de 2017

Por que o rio Pinheiros é um berço de pernilongos


A saga dos pernilongos no rio Pinheiros em São Paulo transcende gerações. Toda vez que o clima fica quente por um longo período e com poucas chuvas, somado à falta de manutenção nas águas e nas margens do rio, os pernilongos encontram ambiente propício para aumentar a sua população.

O conhecido ‘boom’ de mosquitos no rio Pinheiros é desencadeado inicialmente pela estrutura de ‘jangada’ formada pela justaposição dos seus ovos. Essa estrutura de canoa favorece a conservação e o desenvolvimento dos ovos ao boiar sobre a lâmina de superfície das águas paradas do rio. Com a ausência de chuvas esta lâmina fica ainda mais espessa e a água sem nenhum movimento. Também a vegetação de macrófitas que cresce sobre a água ajuda na proteção tanto das jangadas de ovos como das fases de larvas.

  Estágios de vida do Cx. quinquefasciatus. A Jangada de ovos. B Larva.
  C Pupa. D Macho em alimentação de açúcar. E Fêmea adulta. Fotos: Sirlei

No verão as águas ficam mais quentes e as larvas que são aquáticas têm mais energia e alimento para sua sobrevivência junto ao sobrenadante.  Também a vegetação robusta as margens do rio proporciona sombra e abrigo para as fases aladas, isto é, para o mosquito adulto após a sua metamorfose. A vegetação as margens do rio também fornece alimento para os mosquitos, pois os adultos se alimentam do néctar que corre no sistema venoso das plantas. Assim, quanto mais robusta a vegetação, mais alimento e energia para os bichanos. 

O maior problema do rio Pinheiros é a questão do pouco movimento de suas águas, pois as extremidades do rio são bloqueadas de modo a controlar a passagem da água. Isso impossibilita a aeração e a consequente regeneração de suas águas. Sem contar a questão do despejo de águas residuárias ao longo do canal, tornando-o muito poluído, anaeróbio e sem vida, ou seja, não há predadores para as larvas do mosquito.

Como controlar

O controle do mosquito Culex, o pernilongo, é mais eficaz quando são incluídas ações de manejo ambiental. Isso é feito com a limpeza tanto das macrófitas na superfície da água do rio como da vegetação marginal. Essa ação mecânica, mais chuvas constantes contribuem sobremaneira para movimentar e limpar a lâmina superficial da água, desestruturando as adaptações que o mosquito adquiriu para o crescimento das suas fases imaturas. Bem como quebra a disponibilidade de alimentação e abrigo sobre a vegetação marginal nos adultos.

A aplicação de produtos larvicidas na água e de adulticidas nas margens do canal do rio pode ser realizada, porém com cautela. Pois o uso constante de inseticidas de qualquer princípio ativo induz à resistência na população de mosquitos. E, no caso de infestação por alguma falha no programa de controle, o uso indiscriminado desses produtos poderia levar a impossibilidade de um knockdown imediato sobre uma população resistente. Além disso, a água do rio Pinheiros é tão poluída que os produtos larvicidas podem não ter efeito esperado após a sua aplicação. Sem contar o acúmulo de substâncias sintéticas de alto peso molecular (comumente alergênicas) poluindo ainda mais a vegetação as margens do rio em pleno meio urbano.  

Desse modo, o melhor controle é o manejo ambiental e a preservação sanitária da área. No caso de falhas no sistema de controle, a aplicação de produtos inseticidas é indicada para que seja reduzida a população de mosquitos e se inicie a retomada do controle ambiental e sanitário do meio.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Armadilhas luminosas são eficientes, porém não funcionam para o mosquito da dengue

O que acontece no corpinho
Ao longo da evolução os mosquitos desenvolveram um determinado comportamento e uma sensibilidade tal que permite a eles o direcionamento até as fontes de alimento ou a alguns alvos específicos a fim de realizarem as suas atividades fisiológicas e ecológicas. Essas fontes podem ser o néctar que corre no sistema venoso das plantas ou o sangue de animais, incluindo o homem. Os mosquitos também são atraídos para fontes de água para alimentação ou para pôr ovos no caso das fêmeas. Nas antenas e no aparelho bucal dos mosquitos têm receptores que reconhecem determinados sinais emitidos por cada um desses alvos. Esses sinalizadores podem ser hormônios, voláteis de substâncias açucaradas, gases emitidos ou partículas de calor.

As armadilhas com luz
No caso das armadilhas luminosas o principal atrativo é uma luz branca ou de determinada cor como o azul chamado de luz escura ou raios de luz de diferentes comprimentos de ondas como o ultravioleta. Esse tipo de atração é válido para alguns insetos de comportamento oportunista, mas não para mosquitos que têm a sinalização dos seus alvos de modo peculiar e variado. 

Coisas de mosquitos 
Os mosquitos têm olhos compostos e se direcionam melhor para locais com pouca ou nenhuma luz, pois alvos muito reflexivos confundem a sua visão. É claro que os alvos coloridos facilitam a sua visão e direção, pois emitem espectros de luz seletivos e comprimentos de ondas mais estreitos, sem muita refletividade. Contudo, isso não significa que os mosquitos sejam atraídos para fontes de luz coloridas como o azul, amarelo ou verde, uma vez que eles se direcionam para um determinado alvo por uma série inimaginável de outros fatores.

domingo, 13 de março de 2016

Dicas para manter o Aedes aegypti longe da sua casa :-)

Evite a proliferação do Aedes aegypti ao redor da sua casa com as seguintes medidas

1. Evitar água parada.
2. Sempre que possível, esvaziar e escovar as paredes internas de recipientes que acumulam água.
3. Manter totalmente fechadas cisternas, caixas d'água e reservatórios provisórios tais como tambores e barris.
4. Furar pneus e guardá-los em locais protegidos das chuvas.
5. Guardar latas e garrafas emborcadas para não reter água.
6. Limpar periodicamente, calhas de telhados, marquises e rebaixos de banheiros e cozinhas, não permitindo o acúmulo de água.
7. Jogar quinzenalmente desinfetante nos ralos externos das edificações e nos internos pouco utilizados.
8. Drenar terrenos onde ocorra formação de poças.
9. Não acumular latas, pneus e garrafas.
10. Encher com areia ou pó de pedra poços desativados ou depressões de terreno.
11. Manter fossas sépticas em perfeito estado de conservação e funcionamento.
12. Colocar peixes barrigudinhos em charcos, lagoa ou água que não possa ser drenada.
13. Não despejar lixo em valas, valetas, margens de córregos e riachos, mantendo-os desobstruídos.
14. Manter permanentemente secos, subsolos e garagens.
15. Não cultivar plantas aquáticas.

Medidas Preventivas para o Controle de Mosquitos
Fonte: CVS 09 de 16 de novembro de 2001

segunda-feira, 7 de março de 2016

Ações de controle do Aedes aegypti com o uso de armadilhas em instituições de ensino, comunidades e condomínios

Com a veiculação de novos agentes de doenças transmitidos por mosquitos, venho recebendo alguns emails de professores, diretores de escolas e de líderes comunitários e educacionais. Assim, descrevo abaixo um desses emails, que é de um professor, e na sequência coloco as minhas considerações sobre o assunto.
Boa leitura! Sirlei 
Prezada Sirlei. Estou incentivando as crianças de uma escola no bairro a fazer ações contra o mosquito Aedes aegypti. Li o seu blog e algumas outras informações, e este vídeo (abaixo) me pareceu ser o mais recomendado a se fazer para confecção de uma armadilha, desde que as crianças assumam as responsabilidades e pratiquem as demais ações recomendadas. Minha dúvida, a princípio, seria o que exatamente colocar na água para atrair mais mosquitos. Se já existe algum produto de eficiência comprovada, e se existe algo que possa ser produzido sem problemas. Também se somente a orientação de um professor é o suficiente. Marcos

Prezado Marcos. Muito obrigada pelo contato, e parabéns pelo interesse em participar no controle do Aedes. Sabemos que um controle só é efetivo quando todos os criadouros potenciais, incluindo o abrigo dos mosquitos como o mato, por exemplo, são eliminados ao longo de uma determinada área. Porém, numa alta infestação, como a que vem ocorrendo no nosso país, e na retirada abrupta dos criadouros, as fêmeas tendem a procurar novas paragens para pôr os seus ovos, como resposta da ativação dos mecanismos alternativos de sobrevivência da espécie. Nesse caso, o uso de uma armadilha serve tanto como opção para a postura das fêmeas como para o monitoramento dos mosquitos, a fim de verificar se a população está realmente sendo reduzida na área em questão. Assim como, a armadilha serve para suprimir a população de mosquitos, ou seja, as proles vão sendo eliminadas aos poucos, sem o uso indiscriminado de inseticidas. 

Sobre a armadilha com pet do video, eu vejo que o protótipo tem a vantagem de ser produzido facilmente com baixo ou nenhum custo. Além de realmente prender os mosquitos. Contudo, há algumas limitações como o

terça-feira, 1 de março de 2016

Carta de um morador preocupado com o Aedes aegypti em sua cidade


RECEBI UM EMAIL DO SR VALDIR, O QUAL ESTÁ PREOCUPADO COM OS MOSQUITOS EM SUA CIDADE. AQUI, EU COLOCO A MINHA OPINIÃO SOBRE AS POSSIVEIS CAUSAS DO AUMENTO DO AEDES AEGYPTI NAS CIDADES E ALGUMAS SUGESTÕES PARA UM CONTROLE MAIS EFETIVO DESSA POPULAÇÃO DE VETORES.
                                                      
Valdir Oliveira de Teófilo Otoni MG 

Prezada Dra. Sirlei Morais, 

Já nos comunicamos outras vezes, e sempre procuro me atualizar com novidades no seu blog. Passa ano e vem ano, o mosquito nunca some aqui de casa. De noite, as muriçocas "inofensivas". De dia, o terrível que veio do Egito. Os terríveis atacam entre 16h e 20h, e entre 6h e 9h. Não provei se atacam no alto da noite. As muriçocas começam a ronda por volta das 21h. Acho que as espécies se encontram entre 20h e 21h, para a troca de ronda. Aqui vale a regra: aonde tem muriçoca, tem Aedes. Se tem isso tudo, há um antigo berçário deles bem pertinho daqui. E entenda uma coisa, quando falo que tem mosquitos, é que tem muitos. São fáceis de ver. Sugam o nosso sangue e nem se preocupam em voar quando a gente balança o corpo. Domesticaram. O curioso é que na minha casa, sem descartar nenhuma possibilidade de ter, visivelmente, não há sinais de ter focos, mas tem terrenos vazios ao redor. Mais curioso ainda é que há anos o pessoal da "Sucam" passa pela região, e sempre dão laudo de que não encontrou foco. Então, no momento, antes de escurecer, fico ao redor da minha casa tentando achar de onde os terríveis vêm voando, mas por enquanto sem sucesso. Eu acho que há um berçário principal nas redondezas. Como a minha rua é uma ladeira, há casas acima do nível da minha, então, podem vir por cima. Também, estou fazendo uma tela em forma de alçapão (coisa da roça) para colocar na boca do ralo das águas pluviais aqui de casa, para eliminar qualquer possibilidade de ter foco dentro de casa. Com o alçapão, imagino que os "bichinhos" vão ficar presos ao deixar a vida anfíbia. E sabe quem mais veio para a festa? Os flebótomos. Estão dizimando os cachorros da cidade. Mas, isso é outra história. Escrevo apenas para relatar, e quem sabe obter alguma ideia de como localizar os berçários, ajudando a "Sucam". Muito obrigado pelos diálogos. 

Prezado Sr Valdir, agradeço a sua contribuição para este canal de comunicação on line. 

Algumas características do local contribuem para a presença de mosquitos: Eu pesquisei sobre sua cidade, Teófilo Otoni, e constatei que é rota de viajantes do Sul para o Nordeste e rota para as belas e disputadas praias do Sul da Bahia pela BR418. É ainda cortada pela BR116, como rota de caminhões que levam mercadorias para o Nordeste. Esse fluxo de mercadorias e pessoas eleva a cidade como local de alto risco para a entrada de mosquitos e agentes de doenças. Somado a isto, existem outros fatores preponderantes para a proliferação dos mosquitos, como o clima quente o ano todo, umidade, chuva, e ainda a cidade ser cercada pela mata atlântica e esta pressionada pelo desmatamento. O senhor mesmo me passou outras características da cidade que também contribuem,  como o fato desta ter baixa altitude e ser montanhosa. Pois, com a chuva, a lama escorre das construções nos morros, entupindo a rede pluvial na parte baixa da cidade. A lama e a água secam na superfície, podendo a água ficar represada dentro da rede pluvial subterrânea. O rio que corta a cidade é poluído pelo esgoto residencial. Em alguns bairros periféricos há pequenos córregos que